Carta do Mês
Responsabilidade empresarial ou pessoal?
Nos próximos anos, certamente, as discussões globais sobre a preservação da vida do planeta serão crescentemente acirradas. As ações de combate aos impactos causados pela atividade econômica ao meio ambiente serão determinantes para a imagem das empresas e a vinculação da marca às políticas de sustentabilidade. Acredito que devamos aproveitar este cenário para aprofundarmos esta questão. Muito se fala da
A hora e a vez da Geração da Internet
Nos primeiros anos do século XXI, o mundo assistia boquiaberto à chamada “bolha da internet” composta basicamente por jovens, entre 18 e 25 anos, com uma autoestima hiperelevada, totalmente fora da realidade salarial, sem qualquer comprometimento com a empresa em que estava – não vestiam a camisa. Esse personagem foi batizado, de forma genérica, pelo então VP de Criação da
Qual é a chave para o sucesso profissional?
Bem-sucedido, em um curto espaço de tempo, viu a expansão dos negócios vinda na esteira de longa e exaustiva jornada de trabalho, conta bancária polpuda e várias propriedades (algumas com cômodos que nunca pisou). Ganhou o prêmio “Empresário do Ano” de uma entidade de classe. Parodiando Barack Obama – já que falamos em sucesso – ele é o cara! A
Estações da Vida
Pare e pense. Quantas vezes você fez parte da sua agenda nos últimos 365 dias? Quantas vezes estiveram em pauta os temas “você e os filhos”, “você e a companheira ou o companheiro”, “você e os amigos”, “você e os pais”, “você e os vizinhos”, “você e o lazer”, enfim, “você e você”? É incrível. Mas quando paramos para avaliar
O Caminho é Instruir para Construir
Por conta da atividade de consultor, tenho a oportunidade de manter contato frequente com jovens executivos, em sua maioria, recém-formados, cuja carência acadêmica aponta para uma constatação recorrente: o distanciamento da realidade do mercado no qual atuam. A despeito de inteligência, boa formação teórica e disposição em aprender e apreender novos conhecimentos, a maior parte desses jovens chega ao mercado
A culpa é de quem escolhe
O ser humano é movido a decisões. A cada momento, somos levados a fazer escolhas; não temos como escapar. Elas podem ser simples, complexas, coerentes ou incoerentes, mas, inevitavelmente, geram consequências positivas, negativas ou, até mesmo, estéreis, sem resultados práticos. Os efeitos abrem perspectivas ou solapam expectativas. Enfim, é a dinâmica da vida. Quando Napoleão Bonaparte afirmou que “nada é
Operação Cavalo de Troia
Desde o primeiro dia, lá pelos idos de 1500, quando um português da esquadra de Cabral deu um pequeno espelho para um índio nativo e recebeu em troca uma pepita de ouro, configurou-se uma das mais trágicas heranças culturais do Brasil, que de tão arraigada parece genética: essa mania do brasileiro de se maravilhar com tudo que vem de fora.
Mania de terceirizar a culpa
Ao avaliar as dificuldades que enfrentava para atingir as metas de vendas, um executivo resumiu em poucas palavras a causa do desalento: – “Não é possível competir com um concorrente que oferece preços irreais, baseados em práticas comerciais duvidosas, isto não se sustenta. Em breve, ele quebrará e ocuparemos nosso espaço de direito”. Hoje, o mesmo dirigente que desqualificava
Êxodo de talentos
Os anos de turbulências da economia brasileira forjaram executivos fortes, atentos, criativos e flexíveis a situações adversas, um perfil valorizado no atual cenário de profundas mudanças no mercado externo e de globalização da força de trabalho. Entretanto, esse reconhecimento poderá gerar problemas internos, caso não sejamos capazes de reter nossos talentos e reforçar valores éticos que busquem o crescimento da
O sequestro da nossa intimidade
Quando penso nos impactos gerados pela tecnologia, concluo que avaliações entusiasmadas nos levam a conclusões que apenas reforçam algumas contradições da sociedade moderna. Explico: no caso da tecnologia, a conclusão hegemônica é de que ela, obrigatoriamente, nos traz os benefícios da agilidade da comunicação, do conforto e das facilidades que nos ajudam a vencer desafios típicos do mundo civilizado. E
A comoditização das estratégias
Em recente conversa com um executivo de marketing, ouvi a seguinte frase: – “O sistema apontou como decisão mais segura”.Independente do contexto, a afirmação levou-me a questionar sobre o atual fascínio e, às vezes domínio, que essas ferramentas exercem sobre algumas pessoas. Delega-se à ferramenta a última palavra sobre importantes decisões, envolvendo estratégias e ações que quase sempre têm impacto