FBDE Consultoria Empresarial

Caros leitores,

Profissional medindo desempenho empresarial

Em um encontro com executivos, tive a oportunidade de assistir a uma cena que parecia inviável para a maioria das empresas nos dias de hoje: a comemoração alegre e confiante de um quadro de crescimento sem precedentes

Os membros da diretoria, entusiasmados, festejavam os números animadores: crescimento de 7% no ano anterior e uma projeção de  8% para o exercício atual. Segundo os executivos, esse desempenho, creditado a ajustes internos, mostrava que a empresa enfim havia encontrado o caminho certo para atingir a liderança de mercado em seu segmento nos próximos cinco anos.

Retornando ao escritório, encontrei sobre minha mesa a última edição de uma revista econômica. Ao abri-la, constatei que as celebrações de horas atrás careciam de sentido. Em artigo baseado em pesquisa idônea, a publicação trazia o seguinte panorama: o setor da empresa em questão havia crescido 13% no ano anterior, com projeção de 15% para aquele exercício.

Diante de tais dados estatísticos, me veio uma certeza: os negócios da empresa emergente estavam “andando de lado”. Afinal, os resultados ficaram aquém da evolução do mercado, dos concorrentes, embora os dirigentes estivessem certos de que haviam feito a lição de casa. Mas então, por que tanto entusiasmo? Por que acreditar que encontraram a saída para o sucesso e agora apenas restava brindar a descoberta do caminho das pedras?

É a tal “ausência de leitura dos dados e informações do mercado”. Um fenômeno característico destes novos tempos, capaz de ocultar deficiências e problemas que certamente vão se evidenciar com o passar do tempo.

Observo que, hoje, muitas empresas ainda seguem a cultura do período da gestão das contingências, dos ciclos contínuos de crises econômicas. Ou seja, o método continua sendo a administração de curto prazo, a cultura do imediatismo. Administram na retranca, enquanto deveriam aproveitar o bom momento para revisar o seu modelo tradicional de negócios, desenvolver estratégias mais ousadas e fazer uma boa leitura das mudanças que estão ocorrendo no seu mercado de atuação.

Vivemos uma fase que exige e proporciona a prática de uma nova cultura que contemple o networking, os relacionamentos intensivos, o compartilhamento de informações e o investimento em conhecimento da linha gerencial.

Pense nisso e até a próxima carta!

Denis Mello

Diretor Presidente
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