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Ode ou bode da segunda-feira?

segunda-feiraQual o dia da semana que você mais gosta? Se você escolheu sexta, sábado ou domingo, bem-vindo à grande parcela de brasileiros! Esse povo tem como tradição, já no 1º de janeiro, saber em que dia caem todos os feriados do resto do ano.

Quantas vezes não ouvimos “Ainda bem que sexta-feira está chegando…”, “Não vejo a hora de chegar o fim de semana…” ou ainda “Oba, nesse mês, o feriado cai na quinta! Vamos emendar!” Agora pergunto: alguém aí respondeu segunda-feira? Como? Segunda-feira, o Dia Mundial da Preguiça? Não, é o pior dia.

Se pudesse pular direto para terça-feira seria melhor. Ironia à parte, quero chamar a atenção para o fato de que se já na segunda-feira esperamos pela sexta, é porque passamos a semana inteira trabalhando em algo que estamos deixando de acreditar, ou pior, que já não nos motiva mais.

A semana é apenas o pedágio para se chegar à próxima liberdade condicional, que começa na sexta-feira. Essa ansiedade denuncia algo grave: que deixamos de sonhar e estreitamos nossos horizontes.

Os dias nos levam, somos passivos passageiros das nossas indefinições. Ficamos apegados às nossas minimetas, minicertezas e macrorreceios, como um náufrago agarrado a uma boia de concreto. Quando deixamos de sonhar, perdemos o grande dom que transforma pessoas, empresas e marcas. Necessariamente, nessa ordem.

Não estou falando do sonho no sentindo romântico ou das metas descabidas. Estou falando de sonhar com “a cabeça nas nuvens, pés no chão e olhos bem abertos”, como bem diz o autor César Souza10 no livro “Você é do tamanho dos seus sonhos”. A capacidade de sonhar é o maior diferencial competitivo que uma empresa pode ter. Sonhar de maneira prática significa combinar ambição com estratégia, paixão com disciplina, determinação com metodologia. Implica não impor limites, apenas definir rotas. Estimula a busca de respostas sem limitar as perguntas.  Sócrates passou a vida inteira para concluir que: “Só sei que nada sei.”

E, acima de tudo, sonhar de maneira prática implica saber recomeçar. Nem que seja para sonhar um projeto completamente diferente. Pare um pouco de reler os relatórios, prenunciando dias cinzentos. Exercite-se no sonho de construção ou reconstrução de ideais.

Enriqueça a biblioteca e o espírito, lendo biografias de grandes empresários brasileiros como Visconde de Mauá, Ermírio de Morais, Rolim Amaro e muitos outros que você conhece. Leia como Abraham Kasinsky se reinventou, sonhando um projeto totalmente diferente. Saia da informação óbvia e alarmista do jornal do dia ou da revista semanal.

Contagie a equipe com uma nova mentalidade. Aguce os sentidos, lance desafios, estimule a ousadia e reconheça talentos. Faça com que parceiros e colaboradores passem a esperar avidamente pela segunda-feira, assim como alguém espera ansiosamente pela primeira segunda-feira do emprego novo. Recupere os seus sonhos. Quando? Acho que você já sabe o dia certo para começar.

Até a próxima Carta do Mês!

Denis Mello

Diretor-presidente